sábado, 1 de janeiro de 2011

Serenidade

Há momentos que as palavras nos faltam e tudo que nos resta é o som das batidas do nosso coração. São nesses raros instantes que nossa mente fica limpa, branca, serena, quando as preocupações não nos alcançam e os medos deixam de nos perturbar.

É exatamente nesses fleches mágicos da vida que conseguimos alcançar a paz dentro de nós e temos a sensação que a felicidade esta ao simples alcance de nossas mãos.

O quanto amei

Hoje não quero dormir de luz apagada, não quero me entregar aos sonhos ao adormecer.

Hoje eu quero lembrar, não quero esquecer.

Vou parar de dizer que esta tudo bem e assumir que dói.

Vou falar da tristeza, das duvidas e da falta que me coroe.

Quero que ouçam tudo que tenho aqui dentro.

Chega das fugas, enganos, sombras e palavras ao vento.

Erra, eu errei, me escondi, pequei, mas amei e só eu sei o quanto amei, amei, amei...

Decisões Extremas

O que são decisões extremas?Até onde podemos ir pelo que cremos e desejamos?Quais são nossas maiores motivações e temores?

Acreditar que nada ocorre ao mero acaso, enxergar que a vida não é somente uma sucessão de fatos e acontecimentos nos ajuda a tomar as rédeas de nossa existência e nos permite lutar para fazer as coisas acontecerem.

Certamente todos temos nossas missões, coisas que cabem a cada um, responsabilidades intransferíveis, essas não escolhemos,mas optamos por fazer ou não o melhor e é ai que esta toda a diferença, em como caminhamos, como nos comportamos diante das tempestades, das pedras, dos sofrimentos e das perdas.

Levantar ainda que todo nosso corpo esteja exausto, pensar ainda que nossa mente esteja confusa e amar quando nosso coração estiver tomado pelo sofrimento.Cumprir bem nosso dever e passar pela escola da vida significa agir assim, o que não impedirá que haja sofrimentos, momentos de desespero, angustia e agonia, mas tudo se tornará pequeno diante do crescimento adquirido, da reforma intima pela qual cada um de nós pode passar.

As vezes, nos nossos piores momentos esquecemos que sempre haverá dia, sol, vida nova chegando, esperança para que com um passo após o outro tenhamos a condição de fazer nossa investigação humana, sobre quem somos, o que queremos e até que ponto nossas decisões podem mudar o rumo da nossa historia.

domingo, 14 de novembro de 2010

Menina ou Mulher?

O que realmente faz de nós mulheres?

Em que momento deixamos nossa meninice de lado e nos tornamos maduras?

Seria depois da famosa menstruação?

Após a esperada perda da virgindade?

Quando nos casamos?

Ao nos tornarmos mães?

Quando verdadeiramente começamos a crescer?

Há momentos em que nos perdemos, mesmo já tendo alcançado essa tal de maturidade, há momentos em que a única coisa que desejamos é um colo para dormir ou ombro para chorar.

Tem dias que mesmo sendo mães precisamos da nossa mãe ou que mesmo tendo a companhia de um marido, namorado, algo assim, desejamos o amparo e a proteção do nosso querido pai.

Às vezes me questiono se amadurecer implica em deixar de temer o escuro, a cadeira do dentista, coisas desse tipo.

Será que temos que abrir mão dos nossos brinquedos prediletos, dos diários da adolescência e jogar fora nosso primeiro sutiã?

Será que devemos cortar os cabelos, usar salto alto, balancear a alimentação, ir para a cama cheia de cremes e nunca faltar a academia?

Conheço mulheres da minha idade que foram mães na adolescência e que já tem filhos entrando nessa fase também, mas existem outras que ainda se comportam e se vestem como se tivessem quinze anos, algumas como eu, vivem fazendo planos para tudo, na esperança de ter uma vida regrada, em que cada coisa aconteça no melhor momento, então perdemos a maior parte do tempo planejando do que vivendo.

Acredito que ainda me sentirei uma menina assustada em muitos momentos e que mesmo assim não deixarei de ser a mulher estressada na qual me tornei quando alcancei a independência.

Sei que muitas mulheres, assim como eu, vivem nessa balança, onde as frustrações, os sonhos e os deveres estão constantemente sendo equilibrados, a final somos tão cobradas por tudo, por todos e ainda por nós mesmas...

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

O menino e a Rosa

Era uma vez um doce menininho que adorava as estrelas, ficava horas as observando, conhecia as constelações e parecia fazer parte do céu... Como toda criança, sonhava, queria estudar astronomia, conhecer mais sobre sua paixão, mas com o passar do tempo as pessoas lhe diziam que a profissão que escolhera não seria tão rendável nem tão reconhecida, ele sem pensar muito deixou-se levar pelo balanço da vida e sem tomar as redeas de seudestino abandonou as estrelas...

Conheceu outros lugares e apaixonou-se pela arqueologia, lia, estudava assuntos relacionados, mas novamente lhe disseram: "Será complicado fazereste curso e manter-se nesta profissão requer abnegação e muita força de vontade."Repensou e tomou outro rumo, deixou mais um sonho ir embora...

Certa vez, inesperadamente encontrou uma rosa, triste, repleta de espinhos,resolveu que cuidaria dela, lhe traria vida novamente. Juntos lutaram, ela pela vida e ele por mais um sonho, o de fazer algo renascer, mas seu trabalho o consumia, suas obrigações e seus "amigos" lhe exigiam tempo,então ele passou a não dar mais atenção a rosa, já não conversava mais comela e deixou de rega-la. Em uma noite fria, ao voltar para casa, sentindo-se sozinho e triste procurou a companhia de sua fiel amiga rosa, porém ela já não estava mais lá, suas folhinhas haviam caido, suas pétalas resecaram e ela não resistiu...

Ele perguntou-se, o pq de rosa ter morrido, se parecia sempre tão bem apesar de não rega-la, ela nunca mostrava-se fraca, sempre parecia lhe sorrir quando rapidadmente ele passava por ela, sem muito tempo para os carinhos de antes...

Rosa se foi, junto com a astronomia, junto com a arqueologia. Onde estariam as coisas boas que refletiam a esperança naqueles olhinhos de menino? O que havia de mais sincero perdeu-se, sabe pq?Pq ninguem que enche-se tanto de si é capaz de cuidar de coisas tão grandes, como os sonhos que trazem graça a vida e como as flores que enfeitam os caminhos que levam a felicidade...

E o mundo ficou sem um brilhante astônomo, sem um incrível arqueólogo e semmais uma rosa...

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

O homem da minha vida.

Dia dos pais esta chegando, e isso me faz recordar de como eu ficava ansiosa com essa data porque geralmente meu pai estava longe trabalhando e eu guardava as lembrancinhas que faziamos na escola para lhe entragar assim que ele chegasse, e no dia exato sempre pedia a Deus que ele viesse de surpressa, tinha fé que ele me atenderia, mas isso nunca aconteceu...

De qualquer forma mesmos estando longe ou perto do meu pai nesse dia de homenagens e comemorações sempre tive um forte sentimento de gratidão, me considero sortuda, abençoada, predestina o que prefirem crer...

Até hoje meu pai conta que quando minha mãe engravidou ele preferia uma menina, escolheu meu nome, fotografou meu nascimento e toda minha infância, segurou minha mão quando eu senti dor, me ensinou a não aceitar nada de graça da vida, disse que eu deveria me formar e me apoiou integralmente para que isso fosse possível, arrumou meu primeiro emprego, me levou para tirar a carteira de motorista, fez minha mudança quando decidi morar sozinha e com lágrimas nos olhos me conduziu ao altar.

Meu pai perdeu a mãe aos nove anos, não tem nenhum irmão legimo, foi criado por sua madrasta, que certamente preferia seus filhos, e por seu pai, que não o mandou para escola e nem lhe deu um registro de nascimento.

Meu pai precisou crescer cedo demais, amadurecer antes da hora e trabalhar duro para se manter e mesmo com tantas dificuldades não se tornou amargo, pelo contrário, é um homem honrado, honesto de bem e um pai adimirável.

Certa vez meu pai me disse que eu e e sua mãe eramos os grandes amores de sua vida, jamais me esqueci dessa declaração, não há como esquecer de todas as vezes que ele poderia simplesmente ignorar meus probemas e ainda assim ele me ouviu, manteve sua paciência e fomos em frente...

Acredito que o obejtivo da maioria das pessoas que se torna pai ou mãe deve ser, fazer de seu filho uma pessoa de bem, vencedora, mas meus pais fizeram mais por mim, mais que educação, formação, saúde, cuidado, me deram um amor saudavel sem cobranças, sem exageros, um amor que me tornou uma mulher consciente da importancia de um bom pai e de uma boa mãe na vida de alguem.

Então posso dizer sem medo de errar que meu pai é o verdadeiro HOMEM DA MINHA VIDA, o melhor e maior pai que eu poderia ter.Obrigada!

Inconstante?

Tenho sérios problemas com a mesmice, a falta e coisas novas, a terrivel rotina.

Tentei crer que meu primeiro amor seria o único de toda minha vida, mas percebi que somos criaturas amaveis e amantes, capazes de despertar os mais diversos tipos de amor, alguns mais brandos, outros torridos, os mais alegres, aqueles melancólicos, são tantos, com tatas caras e jeitos.

Entendi que empregos devem ir e vir e não serem para todas vida, e final toda vida a vida toda pode ser muito tempo e acabamos por sofrer da falta de vontade de aprender o novo, perdemos a curiosidade que nos motiva as decobertas e simples e tristemente envelhecemos mais de pressa, ficamos engessados e deixamos de lado a paixão pelo realizar as coisas.

Ainda não sei se posso ser tida como inconstante, ou se somente cativo um espírito livre, leve, solto, que me permite esplorar, aprender, perder, ganhar, caminhando em busca de novas terras, novas flores e novos sonhos para realizar.